Mediunidade, incorporação e cura desobsessiva
A mediunidade tem início com algum tipo de sofrimento, sensações difíceis de ausência, arrepios constantes, sinal de "ausência" do corpo, desequilíbrios psíquicos, percepção de sons que só o médium ouve, entorpecimento dos membros, tremores injustificados, sensação que "desdobra" (sai do corpo), fobias, medo do escuro, sonhos diferentes, vívidos e/ou premonitórios, sonolência quando na presença de certos lugares e certas pessoas, visão de sombras e taquicardia, dentre outros...
O médium experiente sabe que tudo isso ocorre na mesa mediúnica, e que paulatinamente vai fazendo com que os convívios com essas sensações sejam esperados, na medida da necessidade do espírito comunicante. Por aí percebemos o quão difícil seria catalogar e individualizar essas sensações, pois nunca sabemos o atual estado do comunicante e sua relação/sintonia com o médium.
Assim, a questão da segurança teria a ver apenas com a confiança na equipe espiritual de Mestres Ascensionados que sempre trabalha numa casa idônea (com a certeza disso, saberemos que espíritos mais evoluídos permanecem ali, ajudando, tirando todo e qualquer risco à equipe encarnada).
Todas as sensações que os médiuns sentem, quando começam o desenvolvimento dos potenciais, começa a equilibrar a energia nos chacras e aos poucos ele começa a sentir que as sensações ruins como cansaço passam a ser momentâneo e vão diminuindo com o passar do tempo. Quando o médium não desenvolve os potencias, por medo ou insegurança, a tendência é aumentar essas sensações a cada dia que passa. Esse medo cria no médium uma resistência natural a incorporação e consequentemente ao equilíbrio energético.
Temos que convir que a incorporação não existe sem a sintonia do médium. Ele comanda o seu potencial, de uma ou de outra forma. Logo, bem ou mal-estar após as reuniões só depende exclusivamente dele.
É claro que quando nos reportamos à tranquilidade do trabalho, estamos falando de médium já experimentado, pois aos iniciantes, mesmo em centros idôneos, existirá a necessária dificuldade do médium ao conviver com as comunicações mais pesadas, com vistas à sua experiência, pois jamais quererá, a partir do seu ingresso no apostolado da mediunidade, ser representante apenas de mentores. O seu trabalho inicial, normalmente, tem a ver com os seus próprios perseguidores, que querem levar sofrimento a ele. Por isso quanto mais o médium participa da cura desobsessiva, mais equilíbrio e experiência ele vai adquirindo.
Ele vai se refazendo, na medida da incorporação. E pode ter certeza que isso ocorre, principalmente se o doutrinador expuser as suas chaves ao sofredor/obsessor com as vibrações da Luz. Apenas da boca para fora não costumamos convencer esses irmãos caídos (obsessores) que precisam experimentar valores do coração ainda desconhecidos para eles, pois já peregrinaram muito - e se condicionaram a isso - nos caminhos assombrosos do mal, o que lhes fez amargar bastante, também, pela lei da ressonância.
É importante frisar, principalmente aqueles médiuns que são "conscientes", que no ato da doutrinação a participação deles é importantíssima, deverão ouvir a doutrinação, e concordando ou não, precisam vibrar com as chaves do doutrinador, afim de que as palavras do outro sejam suficientemente fortes para mudarem neles (nos espíritos) as respectivas vibrações pesadas de suas couraças emotiva. As Chaves Cabalísticas são para essa finalidade nas sessões de curas desobsessivas.
O médium, ao funcionar como "amortecedor" das vibrações dos espíritos não esclarecidos, transmitirá automaticamente o seu potencial afetivo (através da limpeza com as mãos que o médium faz) a eles, e a sua saúde mental e sentimental, principalmente, farão com que haja o alívio imediato.
Vamos lembrar também que cada médium é um potencial de valores, que traz consigo o desenvolvimento de sua mediunidade, de várias vidas anteriores. O amor e o agradecimento pela oportunidade do trabalho em prol dos necessitados deverá ser a tônica capaz de fazer desaparecer todos os sintomas de cansaço, preguiça ou impaciência, pois a alegria do trabalho cumprido, ao lado dos Mestres, Mentores e do próprio Yoshua (Jesus), fará superar tudo isso.
Para finalizarmos, consideremos que ainda estamos bem longe do nosso ideal, portanto, continuemos com perseverança nesse atendimento assistencial, com vias ao alívio daqueles que nos procuram em físico e espírito. Apenas recordemos que somos sempre seres em evolução, sujeitos a mudanças inesperadas em nossa vida e em nossa mediunidade, pois a cada dia somos pessoas renovadas, pelo bem que fazemos.
Nenhum TRATAMENTO, se compara com a CURA DESOBSESSIVA, ela trata o ser como um todo.
Haja Luz e Boa Sorte!
Dora Conceição Milice